Orçamento de obras na construção civil: o que é e como fazer?
É comum vermos obras paralisadas, com atrasos ou custos acima do previsto, ocasionados por erros no orçamento. Por isso realizar um bom orçamento de obras é fundamental para estimar previamente seu custo global e dessa forma analisar a sua rentabilidade e a viabilidade financeira.
A previsão de custos de um bom orçamento de obras não é um trabalho fácil.
Isso porque ele exige análise, planejamento, conhecimento e pesquisa. Por vezes, até mesmo um ótimo trabalho orçamentário não é capaz de garantir a previsão dos custos e um orçamento de obras assertivo.
Sendo assim, é preciso se dedicar em todas as etapas durante a construção do orçamento, mantendo a visão alinhada com as exigências do projeto e com a realidade do mercado.
Continue a leitura do blog para saber como fazer um bom e detalhado orçamento de obras!
Até o final do artigo, confira:
- O que é um orçamento de obras?
- Qual a diferença entre orçamento e orçamentação?
- Como fazer um bom orçamento de obras?
- Por que utilizar um software de gestão para seus orçamentos de obras?
- Como a Mais Controle pode te ajudar?
O que é um orçamento de obras?
Quando falamos em orçamento na construção civil, estamos lidando com um dos aspectos mais importantes diante da obra.
Afinal, quando perdemos o controle, o estouro do que estava orçado pode prejudicar em diferentes níveis a sua entrega. Como por exemplo, no valor final, na data de entrega e, até mesmo, na qualidade do empreendimento.
Sabendo disso, um bom orçamento de obras explora em todos os níveis aquilo que impacta diretamente o fluxo financeiro da sua construção.
Nesse sentido, o gestor da área de orçamento avalia tudo o que compõe os custos, despesas e investimentos operacionais para realizar a obra.
Isto é, estamos falando de matéria-prima, equipamentos, mão de obra, terceiros, entre outros.
Dessa forma, teremos um planejamento conciso, e com ele em mãos, a área financeira pode acompanhar quando o projeto está em linha com aquilo que foi planejado.
Qual a diferença entre orçamento e orçamentação?
Bom, um importante ponto que devemos entender é o que significam orçamento e orçamentação.
Isso porque esses termos podem ser bastante confusos em nosso cotidiano.
A orçamentação é o processo que faz a construção de um bom orçamento de obras.
Como consequência, temos o orçamento, que é o instrumento gerado como resultado final da orçamentação.
Sendo assim, a pessoa responsável por construir durante as etapas de planejamento de uma obra é o gestor de orçamentação.
Em resumo, o gestor deve acompanhar as tendências de mercado e o setor de construção civil, identificando quais são os insumos, materiais e equipamentos que estão com variação no mercado e pode inflar o valor final do orçamento da obra.
Como fazer um bom orçamento de obras?
Antes de mais nada, para ter uma gestão estratégica na parte orçamentária da sua obra, é preciso analisar determinados fatores e colocá-los em prática.
Sabendo disso, separamos algumas dicas fundamentais para você. Confira!
1. Identifique as etapas e serviços da obra
O primeiro passo é identificar etapas e serviços necessários para a execução da obra a ser orçada.
Isso porque, sem conhecimento das atividades, fica difícil prosseguir com a pauta orçamentária.
Em síntese, o custo direto total de uma obra é resultado do custo orçado para cada serviço que a integra.
Com isso, somente ao identificar esses serviços você poderá, de fato, estimar os gastos.
Normalmente, as etapas de uma obra de construção tradicional são:
- Serviços preliminares;
- Fundação ou infraestrutura;
- Estrutura ou superestrutura;
- Paredes e vedações;
- Telhados e forros;
- Instalações complementares, hidrossanitários e elétricas;
- Acabamentos e revestimentos;
- Esquadrias (portas e janelas);
- Pintura;
- Paisagismo;
- Limpeza final.
Vale lembrar que cada etapa é composta por diversos serviços.
Por isso, fazer uma observação sistêmica da situação do local em que a obra será realizada é um bom início.
Além disso, aproveite para observar dificuldades de acesso, transporte público, mão de obra local, condições climáticas da região e etc.
2. Faça um levantamento dos quantitativos
Agora que você passou pela etapa de identificação dos serviços, saiba que cada um deles precisa ser quantificado.
Consequentemente, orçamentos precisos e viáveis dependem do sucesso dessa operação, sendo que ela corresponde à análise e ao cálculo das áreas e quantidades dos serviços pertencentes às etapas.
Agora, o levantamento quantitativo de um projeto oferece várias vantagens significativas, como por exemplo a possibilidade de levantar o montante de materiais e serviços.
Dessa forma, isso permite realizar cotações junto aos fornecedores no mercado e dimensionar o tamanho das equipes de trabalho.
Além disso, não podemos deixar de ressaltar que a tecnologia atual tem possibilitado grandes avanços nessa etapa, com a propagação de softwares capazes de ajudar na execução do levantamento quantitativo.
Por isso, é sempre importante salvar a memória de cálculo e medidas utilizadas durante o levantamento dos quantitativos, a fim de manter a organização dessas informações para possíveis consultas.
3. Utilize as composições de custos
Após fazer o levantamento dos quantitativos de cada serviço, o próximo passo será encontrar os custos diretos unitários e totais deles e, consequentemente, das etapas e do total da obra.
Em resumo, os custos diretos representam os valores somados de mão de obra, materiais, equipamentos e despesas relacionados diretamente à execução da obra.
Nesse sentido, trabalhar com a apropriação de custos nas obras garante vantagem, já que consegue desenvolver um potente banco de dados de composições de custos ligados a seus serviços.
Além disso, é importante que suas composições sejam aderentes à realidade do negócio e da produtividade da equipe. Com isso, irá proporcionar uma orçamentação mais precisa e livre de imprevistos.
Dessa forma, os três insumos que formam o custo direto são:
- Mão de obra;
- Materiais;
- Equipamentos.
Lembrando que: o consumo de cada insumo listado é tido por meio da experiência das empresas de construção ou mediante alguma tabela de composição de custos de orçamentos.
Como por exemplo, a base SINAPI, da Caixa Econômica Federal.
– Leia também: Custos por etapa da obra: entenda quanto se gasta durante a construção
4. Utilize a curva ABC
A curva ABC é um método utilizado para analisar itens, mão de obra, materiais, equipamentos e outros elementos que geram custos na realização de uma obra ou prestação de serviço.
Em síntese, essa curva se baseia em um cálculo de 80/20 por identificar que 80% das consequências são, normalmente, provocadas por 20% das causas.
Por exemplo: 20% dos itens de um orçamento podem corresponder a 80% dos custos.
Por isso, ela é utilizada para solucionar problemas e entender quais pontos podem prejudicar a sua empresa.
Abaixo, entenda como funciona a curva ABC, sendo:
- A: representa itens com alto valor (20% dos itens correspondem a 65% do valor total);
- B: Itens com valor intermediário (30% dos itens correspondem a 25% do valor total);
- C: Itens com valor baixo (50% dos itens correspondem a 10% do valor total).
– Saiba mais em: Curva ABC: o que é e como ela pode ajudar na gestão de suas obras
5. Precificação por meio do BDI
Como visto na etapa anterior, depois da obtenção dos custos diretos, o próximo passo do orçamento de obras é precificar a obra.
Geralmente, tal precificação é feita pelo método de Benefícios e Despesas Indiretas (BDI).
Vale destacar que o objetivo principal desse método é efetuar o cálculo do índice a ser aplicado sobre os custos diretos levantados para a execução da obra, a fim de se obter o preço final.
Por sua vez, esse índice toma como base os percentuais de:
- Administração central;
- Despesas financeiras;
- Garantias;
- Seguros;
- Imprevistos;
- Lucros e tributos.
6. Outros fatores decisivos
Existem, ainda, outros fatores importantes que devem ser levados em consideração na fase de orçamento, a fim de garantir maior assertividade. Confira a seguir:
- Cotação de Preços: trata-se de consultar os fornecedores do mercado coletando preços para os diversos materiais da obra e serviços no caso de terceirização;
- Definição de Encargos Sociais e Trabalhistas: a fim de cumprir com as exigências do Ministério do Trabalho, os funcionários envolvidos na obra precisam ser regulamentados e ter seus direitos garantidos;
- Custos Indiretos: os custos indiretos não são o mesmo que despesas indiretas.
Por sua vez, eles não se associam diretamente aos trabalhos da obra em si, porém, sua relevância para a realização dos serviços é primordial.
7. Use a tecnologia a seu favor
A tendência tecnológica para o setor de construção civil visa a otimizar os processos de gestão de obras.
Um exemplo claro disso são aplicativos de gestão de orçamento de obras, como o da Mais Controle.
Nesse sentido, esse tipo de solução vem de um dispositivo integrado a um sistema ERP, que faz todo o acompanhamento de uma obra, desde o momento do orçamento.
Dessa forma, ao decorrer da execução das etapas, podemos identificar qual é o desempenho da obra e identificar aquilo que vem estourando as linhas orçamentárias.
Consequentemente, o gestor local poderá entender quais as melhores maneiras para evitar o estouro do orçamento.
Por que utilizar um software de gestão para seus orçamentos de obras
Como dito antes, já existem softwares que auxiliam na gestão de obras, calculando o custo da construção a partir de recursos e relatórios completos sobre a obra. Esse é o caso do Mais Controle!
Além do orçamento de obras, ele pode ajudar no controle de estoque, gestão de compras, organizar as finanças da empresa e também no acompanhamento de obras.
Além disso, ele também é fundamental na elaboração dos orçamentos e ajuda a controlar a execução de várias obras simultâneas, oferecendo para você mais assertividade para planejar e executar as obras, realizando a gestão da obra com praticidade e precisão.
Consequentemente, sua empresa consegue diminuir gastos desnecessários, melhorando o resultado final das suas obras e aumentando a sua lucratividade.
Os módulos do Mais Controle são integrados, o que possibilita que você tenha suas informações em um único lugar.
Dessa forma, atua facilitando a comunicação entre as equipes do canteiro de obras e do escritório.
– Leia também: Entenda os problemas em utilizar planilha para o orçamento de obras
Como a Mais Controle pode te ajudar?
Como vimos nesse blog, fica claro que a atividade orçamentária ocupa um lugar essencial para o bom andamento da obra, bem como prever a lucratividade do projeto.
Por isso, você precisará se envolver nas etapas citadas, estando sempre atento para tudo o que representa custo e despesa dentro do projeto.
Além disso, é possível tornar sua obra mais eficiente e produtiva através do uso de tecnologias como os softwares de gestão.
Dessa forma, o gerenciamento das suas obras serão muito mais organizadas, completas e sujeitas a menos erros de cálculos, como de orçamentos.
Para isso, os softwares de gestão de obras permitem a produção automatizada de documentos e dados coletados, como a Mais Controle, que garante mais agilidade e controle nos processos antes, durante e depois da obra.
A Mais Controle ajuda centenas de pequenas e médias empresas a controlarem de forma simples e prática a sua gestão de obras.
Com nosso software, você consegue elaborar orçamentos de obras completos com agilidade, utilizando Composições de Custos de Serviços e Insumos próprios ou da base SINAPI.
Além disso, contamos com outras funcionalidades como: Proposta Comercial, Curva ABC, Cronograma Físico-Financeiro, Gestão de Obras e Diário de Obras APP.
Se você tem interesse em contratar um serviço que vai ajudar a sua empresa a melhorar os resultados, basta entrar em contato conosco e conhecer um pouco mais sobre as nossas soluções!