Custos por etapa da obra: entenda quanto se gasta durante a construção

Última atualização: 23/05/2022 | 4 min. de leitura

O gerenciamento financeiro é, sem dúvidas, um dos principais critérios de sucesso para um bom andamento de obras. Nesse sentido, entender os impactos dos custos por etapa da obra permite ao responsável construir um fluxo de caixa eficiente.

Por Marcel Ribeiro

O processo de mapear os custos por etapa da obra significa levantar todos os possíveis gastos que levarão à conclusão do empreendimento e separá-los para cada etapa da obra. Esse tipo de ação além de ajudar no controle, possibilita se antecipar quanto a algum tipo de imprevisto que possa acontecer. 

Sabendo disso, você conhece a forma correta de realizar esses cálculos? E os custos de cada etapa da obra? Continue a leitura deste artigo e saiba mais sobre o tema!

Por que é importante entender os custos por etapa de obra?

Primeiramente, precisamos entender porque acompanhar o custo por etapa de obra é importante. O orçamento de obras quando feito por etapas tem como base o levantamento de custos divididos em fases de execução. Com etapas subsequentes e o acompanhamentos atualizados, é possível se antecipar a imprevistos que possam acontecer no decorrer das atividades.

Dessa forma, ao prever os desvios de rotas é possível se replanejar e assim economizar tempo evitando desperdícios.

Assim, conseguimos levantar os recursos — como matéria-prima, equipamentos e mão-de-obra, por exemplo — e os valores necessários ao andamento dos serviços. A partir disso, o gestor tem como responsabilidade garantir que, ao decorrer da obra, todos esses recursos sejam utilizados de modo sustentável.

Em conclusão, o controle orçamentário por etapa é feito visando benefícios ao fluxo de caixa da obra, o que é fundamental para a lucratividade da empresa.

Quais são os custos por etapa da obra?

Mas, afinal, como fazer o levantamento desses custos? Aliás, quais são, de fato, as etapas? Todo projeto conta com fases específicas, como serviços preliminares, fundações, estrutura, acabamento, elétrica, hidráulica entre outros. A seguir, separamos como se faz os cálculos de cada um deles. Confira!

Serviços preliminares e fundações

Primeiramente, o que se realiza são os serviços preliminares gerais e a implantação das fundações. Isso significa que é o momento de levantar os prestadores de serviços que vão executar a obra, como o mestre de obras e os engenheiros.

Dessa forma, nos trabalhos, também contamos com serviços topográficos, delimitação do espaço, pontos de água, energia, esgoto, entre outros. Esses custos não devem passar de 10%. Além disso, no caso da fundação — quando os pilares de concreto são fixados —, as despesas devem ficar em torno de 3% a 10%.

Infraestrutura e superestrutura

Em seguida, nesta etapa, a obra começa a ganhar forma e, falando nisso, põe “formas” nisso! Aqui, estamos falando de sapatas, vigas, pilares e lajes, que darão toda a sustentação e, consequentemente, a estabilidade da edificação.

Devido à sua relevância, é um momento que destinamos cerca de 14% a 35% dos custos da obra. Mas vale lembrar que essa variação depende do padrão e do tipo de empreendimento. 

Portanto, quando chegamos na etapa de paredes e painéis, os valores a serem podem flutuar entre 8% a 20%. Já o fechamento da parte superior do empreendimento fica entre 1% e 10%.

Instalações elétricas e hidráulicas

Essa também é uma etapa muito importante para a obra. As instalações elétricas trarão funcionalidade para os imóveis e, por esse motivo, também há uma grande disponibilidade de reserva financeira. Aqui, considerando os custos das etapas de instalações elétricas e hidráulicas, eles podem variar entre 12% e 20%.

Revestimentos e acabamentos

Outra etapa que demanda muita atenção dos gestores é a parte final da obra, cujos custos variam de acordo com o padrão do imóvel. Em casos mais simples, o valor mínimo é de 20%.

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Conclusão

Em síntese, mapear os custos por etapa da obra visa levantar todo o orçamento e evitar que, em algum momento da obra, os recursos financeiros fiquem escassos. Desse modo, utilizar um sistema de gestão que seja integrado ao fluxo de caixa, permite visualizar em tempo real as despesas e mapear possíveis imprevistos e excessos no orçamento. Consequentemente, a obra terá melhores resultados financeiros e seguirá de forma mais fiel o planejamento inicial.

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