Mapa de Risco: o que é, elaboração e benefícios nas obras
O Mapa de Risco é a forma que empresas de construção civil convencionaram para sinalizar os locais de trabalho sobre possíveis riscos à saúde e segurança. Ele é regulamentado pela NR-05, Norma Regulamentadora que tem como objetivo a prevenção de acidentes laborais.
No segmento da construção civil, de acordo com a OIT, Organização Internacional do Trabalho, 60 mil acidentes são registrados anualmente em todo o mundo. Esse número faz do setor um dos maiores responsáveis por acidentes de trabalho. O Mapa de Risco é um excelente aliado para a segurança e a diminuição desses números.
Cada etapa no canteiro de obras envolve pessoas, máquinas, materiais e ambientes que, se não forem monitorados, podem gerar acidentes e atrasos.
É aí que entra o mapa de risco, uma ferramenta essencial para identificar e prevenir riscos antes que eles causem prejuízos.
Neste artigo, você vai entender o que é o mapa de risco, os tipos mais comuns na construção civil e como aplicá-lo de forma prática na sua obra, integrando tudo à gestão com o Mais Controle.
O que é o Mapa de Risco e como funciona sua sinalização?
Elaborado pela Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) junto ao Serviço Especializado em Engenharia e Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT), o Mapa de Risco consiste em indicar, nos locais de trabalho, a presença de elementos potencialmente perigosos.
Ele é regulamentado pela NR-05, norma regulamentadora que tem como objetivo a prevenção de acidentes laborais.
A indicação do Mapa de Risco é uma representação visual dos riscos existentes em um ambiente de trabalho, e feita pela fixação em local visível de círculos indicativos.
Ele utiliza cores e tamanhos de círculos para mostrar a natureza e a intensidade dos riscos em cada área.
Há três gradações de tamanho, que alertam para riscos baixos, médios ou elevados. São eles:
- Verde (Grupo 1): simboliza riscos físicos como calor, frio, radiação ionizante ou não, ruídos, umidade, pressão atmosférica ou vibração;
- Vermelho (Grupo 2): indica a presença de riscos químicos como produtos industrializados, vapores diversos, gases, névoa e outros similares;
- Marrom (Grupo 3): riscos biológicos, principalmente micro-organismos;
- Amarelo (Grupo 4): riscos ergonômicos, ou seja, todos os que se relacionam com algum tipo de esforço físico intenso ou exposição prolongada a posições potencialmente lesivas às articulações;
- Azul (Grupo 5): sinaliza riscos de acidentes com máquinas e equipamentos e o potencial risco de não usar Equipamento de Proteção Individual (EPI).
Veja a simbologia de cores do mapa de risco na imagem abaixo.

Por que o Mapa de Risco é essencial na construção civil?
A construção é um dos setores com maior número de acidentes de trabalho no Brasil.
O mapa de risco ajuda a visualizar os pontos críticos do canteiro, promovendo medidas de prevenção e reforçando a cultura de segurança entre os colaboradores.
Além de proteger vidas, ele aumenta a produtividade, afinal, uma obra segura é uma obra que não para.

Principais tipos de risco em canteiros de obra
Cada etapa da construção apresenta riscos específicos. Conhecer esses riscos é o primeiro passo para controlá-los.
Riscos físicos
Ruído de máquinas, calor excessivo, vibrações, iluminação inadequada e exposição ao sol.
Esses riscos estão presentes diariamente em atividades como concretagem, corte de materiais e operação de equipamentos.
Riscos químicos
Poeira de cimento, tinta, solventes e produtos de limpeza.
Podem causar irritações respiratórias e intoxicações se não houver ventilação adequada ou uso correto de EPI.
Riscos ergonômicos
Movimentos repetitivos, levantamento de peso e posturas inadequadas durante longos períodos.
São riscos silenciosos, mas que comprometem a saúde e reduzem a produtividade da equipe.
Riscos de acidentes
Quedas de altura, escorregões, choques elétricos e falhas em andaimes ou escadas.
Esses riscos estão entre os principais causadores de afastamento na construção civil.
Quando e quem deve elaborar o mapa de risco
A elaboração do mapa de risco é responsabilidade da CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes), com o apoio de profissionais de segurança do trabalho e gestores da obra.
Responsabilidades da CIPA e engenheiros de segurança
A CIPA realiza o levantamento dos riscos e consulta os trabalhadores de cada setor para entender os perigos do dia a dia.
O engenheiro de segurança ou técnico responsável valida as informações e supervisiona a montagem do mapa.
Frequência de atualização
O mapa de risco deve ser atualizado sempre que houver mudanças no ambiente de trabalho, como novas frentes de serviço, troca de equipamentos, aumento de equipe ou mudanças na estrutura do canteiro.
O processo de elaboração do Mapa de Risco pela CIPA e SESMT
Como profissionais responsáveis pela saúde e segurança do trabalhador, cabe aos colaboradores da CIPA e SESMT definirem os locais que precisam ser sinalizados.
O estudo pode começar pelo DDS (Diálogo Diário de Segurança) e aprofundar-se na análise dos tipos de risco, evoluindo para a distinção entre os setores que deverão se sinalizar.
Em seguida, deverá se fazer o levantamento de informações relevantes, por meio de visitas técnicas, com o objetivo de averiguar as condições de trabalho existentes.
Dessa forma, podem ser mapeados os processos de trabalho para posterior diagnóstico situacional. Só então se determinarão as medidas corretivas para a prevenção de acidentes.
Veja o passo a passo ideal:
1. Levantamento de áreas e atividades
Liste todos os setores do canteiro: fundação, estrutura, acabamento, almoxarifado, áreas administrativas e de vivência.
Observe as tarefas realizadas, materiais usados e o número de pessoas envolvidas em cada área.
2. Identificação e classificação dos riscos
Com base nas observações, classifique os riscos conforme o tipo (físico, químico, ergonômico etc.) e avalie o grau de severidade.
Quanto maior o círculo, maior a gravidade do risco.
3. Representação visual no layout do canteiro
Desenhe o mapa sobre a planta baixa da obra, marcando os locais e os tipos de riscos com as cores correspondentes.
Isso facilita a leitura por parte da equipe e ajuda a priorizar ações corretivas.
4. Comunicação e treinamento da equipe
Não basta desenhar: o mapa precisa ser comunicado e discutido com todos os colaboradores.
Promova treinamentos rápidos, oriente sobre uso de EPIs e registre as ações de melhoria.
– Leia também: APR (Análise Preliminar de Riscos): o que é, importância e como elaborá-la
Os reflexos no aumento da segurança
Uma vez que passam a identificar os ambientes conforme os possíveis riscos, os trabalhadores e operários podem antecipar-se aos perigos em potencial.
O setor de construção civil é um dos que apresentam maior risco ocupacional, portanto, precisa-se observar todas as medidas de proteção e seguidas à risca.
Tratando-se de obras, acidentes de trabalho representam não apenas atrasos no cumprimento dos respectivos cronogramas, mas perigo à saúde do trabalhador.
Medidas como o Mapa de Risco são maneiras fundamentais de criar mecanismos que diminuam os riscos de acidentes de trabalho.
– Leia também: 10 documentos importantes para a segurança do trabalho na construção civil
Como a gestão de obras pode atuar na redução de riscos
Como já abordamos em outros artigos do blog, uma boa gestão de obras inclui a gestão de pessoas. Contudo, ela vai muito além do controle de prazos individual.
Ela ajuda a garantir que os seus funcionários tenham um ambiente propício para trabalhar. E o resultado? Mapa de Risco elaborado e canteiros de obras mais seguros, obras dentro do prazo e clientes mais satisfeitos.
Como integrar o mapa de risco à gestão da obra
O mapa de risco é mais eficaz quando faz parte de um sistema integrado de gestão.
Com o Mais Controle, é possível conectar as informações de segurança a outros módulos do sistema, tornando a prevenção parte da rotina de gestão.
Uso de sistemas e relatórios de acompanhamento
RDO (Relatório Diário de Obras): registre incidentes, alertas e medidas preventivas diariamente.

Cronograma Físico-Financeiro: relacione riscos com prazos e recursos da obra.

Módulo Financeiro: acompanhe o impacto de acidentes ou paralisações nos custos.

Benefícios para produtividade e prevenção
- Redução de retrabalhos e atrasos.
- Aumento da conscientização da equipe.
- Cumprimento das normas de segurança.
- Maior previsibilidade e controle sobre o andamento da obra
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Estudo de caso: o impacto da gestão de riscos em uma obra
Uma construtora que aplicou o mapa de risco em conjunto com o sistema de gestão registrou resultados expressivos:
- 40% de redução em incidentes leves;
- 20% menos atrasos relacionados à segurança;
- e aumento na satisfação da equipe de campo, que passou a entender melhor os riscos do dia a dia.
Esses resultados mostram que o mapa de risco não é apenas um documento obrigatório é uma ferramenta estratégica para a saúde e produtividade da empresa.
Conclusão sobre o Mapa de Risco
Como vimos, o mapa de risco é um recurso importante para a segurança na construção civil, uma área responsável por grande parte dos acidentes de trabalho.
Para diminuir os desafios na elaboração e implementação do recurso, um software de gestão de obras como a Mais Controle é a solução ideal, sabia?
Ele serve para auxiliar todo o processo de gerenciamento do seu negócio, incluindo o gerenciamento de riscos.


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