8 tipos de cimento e suas aplicações em obras
A escolha correta do tipo de cimento é crucial para o sucesso de qualquer obra. Neste guia, desvendamos os 8 tipos principais de cimento e suas aplicações específicas, garantindo que sua obra tenha a durabilidade e resistência necessárias.
Esse material é essencial na construção, sendo utilizado em diversas obras ao redor do mundo e divididos vários tipos de cimento.
Esse componente costuma ser misturado com brita, areia e água para formar o concreto, que aumenta a resistência e confere durabilidade às estruturas construtivas. O cimento é fundamental para realizar obras residenciais, públicas e comerciais.
Como existem muitos tipos de cimento, os profissionais da construção civil normalmente costumam ter conhecimento sobre suas propriedades e usos.
Portanto, compreender as diferentes particularidades desses materiais pode ajudá-los a tomar uma decisão bem informada na hora de selecionar insumos para os seus empreendimentos.
Neste blog, falaremos sobre 8 produtos diferenciados e seus usos.
Gostaria de descobrir quais são os principais tipos de cimento disponíveis no mercado? Acompanhe a leitura!
Entenda a importância de conhecer os diferentes tipos de cimento
Os cimentos são uma espécie de pó cinza fino fabricado com vários compostos químicos e matérias-primas que os construtores utilizam em diversos trabalhos de edificação e reforma. Portanto, o cimento é um ingrediente manufaturado extremamente importante para fazer concreto, o qual permite que as construções permaneçam firmes e inabaláveis ao longo dos anos.
O cimento é essencial para o andamento das obras e para a indústria da construção civil. O material pode ter em sua composição silício, cálcio, ferro, alumínio e outras substâncias que, quando as aquecem em altas temperaturas, formam o produto.
Em seguida, comercializa-se os cimentos para empresas que podem fabricar concreto, lajes ou construir edifícios.
Confira os principais tipos de cimento que existem no mercado
Há muitos tipos de cimentos à sua disposição, e eles podem ter uma leve variação na cor e no endurecimento quando misturados com a água e a areia para fazer rebocos, por exemplo. Utiliza-se alguns para certas aplicações e outros são úteis em determinadas atividades. Veja a seguir quais são as características relevantes de cada tipo de cimento.
1. CP-I
Esse é um cimento que é elaborado somente com gesso, sem aditivos. O produto serve para auxiliar no retardamento da pega e oferece aos trabalhadores mais tempo para executar a sua aplicação. Geralmente, custa caro e é menos resistente que as outras opções, por ser direcionado às indústrias. A sua procura caiu bastante nos últimos anos.
Utiliza-se o CP-l em várias aplicações da construção, visto que é versátil. No entanto, ele não faz muito sucesso por não oferecer a durabilidade dos seus concorrentes, mas cumpre a sua função, apesar de não se adequar para determinadas tarefas.
O produto pode ser combinado com outros para a criação de diferentes tipos de mistura.
2. CP-II
O cimento CP-ll tem na sua composição outros produtos adicionados para liberar menos calor durante a sua reação com a água. Existem 3 alternativas para esse tipo específico de material. Uma delas é o CP-II F, que recebe a adição de fíler ou de material carbonático e serve para qualquer fase de uma obra.
Já o CP-II Z é composto por material pozolânico, enquanto o CP-II E contém a escória de alto-forno. A sílica ativa ou as cinzas volantes aumentam a durabilidade e facilitam a realização dos trabalhos da construção civil.
Portanto, esse cimento é apropriado para edificações de pontes, barragens, residências e estruturas de concreto maciço.
3. CP-III
Já essa modalidade oferece maior durabilidade, impermeabilidade e resistência elevada contra a expansão. As suas características se devem à reação álcali-agregado, e um dos seus fatores principias é o baixo calor de hidratação.
Além disso, é um produto menos poroso, que resiste aos sulfatos. Você pode utilizá-lo para realizar reparos, construir pavimentos ou produtos pré-moldados.
4. CP-IV
O CP-IV é reconhecido por sua notável estabilidade, atribuída à presença de 15% a 50% de materiais pozolânicos em sua composição.
Recomenda-se esse tipo de cimento especialmente para ambientes sujeitos a ataques por sulfatos ou ácidos, o que o torna adequado para uso com agregados reativos.
Além disso, devido à sua baixa porosidade, o CP-IV demonstra resistência em aplicações que envolvem esgotos e água do mar.
Trata-se de outro tipo de cimento de baixo calor de hidratação, sendo recomentado para realizar concretagem sob temperaturas elevadas e de grandes volumes.
Ao ser aplicado, ganha rápida resistência e acelera o tempo de pega. Pode ser utilizado para reformas emergenciais, pisos industriais, pré-moldados de concreto e muito mais.
5. CP-V
O CP-V é uma categoria de cimento que, por definição, pode conter no máximo 5% de material carbonático. No entanto, geralmente não se incluí outros materiais durante o seu processo de produção.
Utiliza-se na fabricação de postes, meios-fios, lajes, tubos, pavimentos, blocos para alvenaria, artefatos de cimento, concreto e argamassa.
Esse produto pode ser útil no planejamento de obras quando precisa se concluir em menos tempo. Depois de aproximadamente 30 dias de cura, o CP-V se torna ainda mais resistente que os tipos tradicionais de cimento. Ele faz sucesso nas obras industriais, pisos, bancadas de concreto, entre outros.
6. RS
Cimentos conhecidos como RS podem ter fórmulas variadas, dependendo da marca de fabricação. É um produto cujo aspecto principal é a resistência a sulfatos.
Por esse motivo, utilizamos ele para a construção ou obras feitas em ambientes industriais, redes de esgoto e portos marítimos, onde há a presença de materiais sulfatados.
Dessa maneira, a composição desse cimento acelera consideravelmente o tempo de pega, resultando na solidificação da mistura em poucos minutos.
Portanto, é útil para realizar reparos em túneis, tubulações de esgoto e de água, especialmente em obras urgentes. Alguns profissionais o chamam de cimento hidráulico, tendo em vista que endurece rapidamente.
7. Branco
Esse tipo de cimento é produzido com matérias-primas especiais, com baixo teor de ferro e manganês para ter a cor branca.
Em vez de incluir argila na sua composição, as fábricas adicionam caulim. No mercado, você vai encontrar duas espécies de cimentos brancos. Um deles é o não estrutural, que serve para rejuntar cerâmicas.
Realiza-se a produção do outro tipo de cimento branco com fins arquitetônicos, sendo estrutural. Porém, devido à tecnologia das tintas atuais e ao custo de produção, é mais difícil encontrar esse produto nas lojas de materiais de construção.
Os profissionais da área costumam fazer uso dessa opção para pisos de tijoleira, elementos decorativos e acabamentos.
8. BC
O BC gera uma quantidade de calor no período de hidratação que é capaz de impedir o surgimento de fissuras por conta da temperatura.
Dessa forma, o seu principal diferencial é que, ao ser aplicado em peças de volume elevado de massa de concreto, ele retarda o seu esfriamento e proporciona boa durabilidade.
Como Calcular a Quantidade de Cimento para Sua Obra
Calcular a quantidade de cimento necessária para sua obra é essencial para garantir a eficiência e economia do empreendimento.
Em seguida, apresentamos um guia simplificado para ajudá-lo a estimar a quantidade de cimento necessária para diferentes partes da construção. Segue o passo a passo
1. Entenda a Proporção
Primeiramente, a quantidade de cimento necessária depende da mistura de concreto que você vai usar.
Uma proporção comum para obras de média resistência é a mistura na proporção 1:2:4 (cimento:areia:brita), por volume. Para obras que requerem maior resistência, pode-se usar a proporção 1:1.5:3.
2. Calcule o Volume
Calcule o volume do componente que você está construindo em metros cúbicos (m³). Para isso, multiplique o comprimento pela largura e pela altura da estrutura.
Por exemplo, para uma laje de 10m de comprimento, 5m de largura e 0.15m de espessura, o volume seria 10 x 5 x 0.15 = 7.5 m³.
3. Determine a Quantidade de Cimento
Considerando a proporção escolhida, calcule a parte do cimento no volume total de mistura. Para a proporção 1:2:4, a soma das proporções é 1+2+4 = 7 partes.
Assim, cada parte (cimento) corresponde a 1/7 do volume total da mistura.
Se precisar de 7.5 m³ de concreto, a quantidade de cimento seria: 7.5 m³ / 7 = 1.07 m³ de cimento.
4. Converta para Sacos de Cimento
Como se vende o cimento em sacos (geralmente de 50kg, correspondendo a aproximadamente 0.033 m³), você precisa converter o volume de cimento em metros cúbicos para o número de sacos.
Ou seja, para 1.07 m³ de cimento, a quantidade em sacos seria: 1.07 m³ / 0.033 m³/saco = 32.42 sacos. Arredonde para o número inteiro mais próximo, no caso, 33 sacos de cimento.
Considerações Finais
- Sempre adquira um pouco mais de material do que o calculado para compensar perdas e variações.
- Lembre-se de considerar a umidade do local e o tipo de solo na hora de escolher a proporção da mistura.
- Ao planejar sua compra de cimento e outros materiais, esses cálculos ajudarão a evitar desperdícios e garantir que realize sua obra com eficácia e dentro do orçamento.
Conclusão
Por fim, esses são os 8 tipos de cimento e suas aplicações em canteiros de obras e outros locais.
Siga as nossas dicas para escolher o cimento apropriado para cada obra, considerando a resistência e a durabilidade.
Avalie os preços, o custo-benefício e as condições financeiras dos seus clientes. Ainda, fale com eles sobre as possibilidades existentes.
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